Papa Francisco está preocupado com ataques do Estado Islâmico do Iraque e do Levante a cristãos
O papa Francisco está acompanhando com grande preocupação a situação da comunidade cristã no Iraque, após um palácio episcopal sírio-católico em Mosul ser incendiado por rebeldes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isis, na sigla em inglês).
A informação foi divulgada pela Rádio Vaticana e pelo Patriarca Sírio Antioqueno, líder da Igreja Católica siríaca, Inácio José III Younan.
"As últimas notícias são desastrosas. Nós, com amargura, repetimos o que sempre dissemos: não se deve misturar religião com política", disse Younan, que se reuniu no Vaticano, com o secretário para as Relações com os Estados, arcebispo Dominique Mamberti.
"Se há inimizades entre xiitas, sunitas e etc, isso não deve ser motivo para atacar inocentes cristãos e outras minorias. Nem é motivo para destruir lugares de culto, igrejas, paróquias, em nome de uma organização considerada terrorista que não escuta a razão", criticou. O Isis deu um prazo de três dias para que todos os cristãos deixassem Mosul, cidade tomada desde 10 de junho pelos jihadistas. Ao assumir o controle, o Isis impôs a lei islâmica (sharia), proibiu o álcool e o tabaco, e obrigou as mulheres a usarem véus.