Papa Francisco mostra preocupação com guerras no Oriente
O papa Francisco participou de dois encontros nesta quinta-feira (02) para debater a situação de violência no Oriente Médio. A primeira reunião foi com o patriarca da Igreja Síria, Mar Dinkha IV, onde afirmou que "não há razões" nem políticas, nem de outro tipo "para que possamos justificar o sofrimento de milhares de homens, mulheres, crianças, de pessoas inocentes" no Oriente Médio.
Na audiência, o Pontífice lembrou ao chefe sírio "o sofrimento que católicos e cristãos sírios estão sofrendo pelas guerras e conflitos em diversas regiões" e citou, particularmente, os casos no Iraque e na Síria.
O sucessor de Bento XVI pediu o aprofundamento do senso ecumênico das visitas dos católicos ao Oriente, lembrando que os passos dados nas últimas décadas "no caminho da aproximação de comunhão espiritual" ocorreram "depois das amargas incompreensões ocorridas nos séculos passados".
À Mar Dinkha, Francisco afirmou que "fará um empenho pessoal para continuar a caminhar nesta direção, aprofundando a amizade entre a Igreja de Roma e a Igreja Síria do Oriente.
Encontro com núncios do Oriente
Ainda de manhã, o Papa participou de um encontro com núncios do Oriente Médio e com altos representantes da Cúria Romana para debater a situação da região. Ele introduziu os trabalhos do grupo, que terminarão no dia 4 de outubro, e manifestou particular preocupação tanto com as situações de guerra, com o terrorismo e o crescente número de pessoas que sofrem pela violência no mundo.
Segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, além da conversa com Francisco, os representantes diplomáticos tiveram um encontro com o secretário de Estado da Santa Sé, Pietro Parolin, e do prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Leonardo Sandri.
Parolin ressaltou que o Pontífice "pediu iniciativas e ações mais eficientes para manifestar a solidariedade de toda a Igreja com os cristãos do Oriente Médio".