Papa Francisco pede a deputados franceses que “derroguem” leis anti-católicas se necessário
As palavras do Pontífice, que recebeu no Vaticano uma delegação de senadores e deputados provenientes da França, referiam-se claramente a todas as leis contrárias aos princípios da Igreja Católica, como as relativas ao aborto, à eutanásia, ao casamento homossexual e à bioética.
"Seu trabalho é, sem sombra de dúvida, técnico e jurídico, e consiste em propor leis, modificá-las ou derrogá-las", disse o Papa aos parlamentares presentes. Na palavra "derrogá-las", o Papa colocou mais ênfase, deixando inequívoca sua menção à lei Taubira, afirma um parlamentar presente.
O Papa também considerou "necessário" dar a estas leis "um suplemento, um espírito, uma alma que reflita não só as modas e ideias do momento, mas que concedam também a qualidade indispensável que eleva e enobrece o ser humano".
O princípio da laicidade que rege as relações entre o Estado francês e as diferentes religiões não deve traduzir-se em si em uma hostilidade frente à realidade religiosa, ou na exclusão da religião da esfera social e dos debates", acrescentou o Papa em seu discurso à delegação francesa.
Francisco lembrou que a França é uma "nação para a qual se voltam frequentemente os olhos do mundo".