Papa Francisco pede que a violência dê lugar a convivência recíproca
O Santo Padre Francisco pediu “à comunidade internacional para que saiba adotar todas as estratégias válidas para promover o alcance da paz em Países terrivelmente devastados pelo ódio, para restituir o sopro vital do amor em lugares que desde sempre têm sido uma encruzilhada de povos, culturas e nações”. Ele espera que a paz desejada "possa surgir no horizonte da história, para que os trágicos dramas deixados pela violência cedam lugar a um clima de convivência recíproca". Afirmou isso durante uma audiência nesta segunda-feira com os membros do Sínodo da Igreja Caldéia, reunidos em Roma de 24 a 29 outubro.
Além disso, o Santo Padre aproveitou a ocasião para alcançar, através dos presentes, "todos os fiéis e todos os habitantes das amadas terras do Iraque e da Síria neste momento particularmente delicado e de grande sofrimento, com o conforto e a solidariedade cristã". Por isso, ele pediu que "a misericórdia de Deus, na iminência do Ano Jubilar, possa curar as feridas da guerra que fazem chorar o coração destas comunidades, para que ninguém desanime neste momento em que os clamores da violência parecem superar as sinceras orações pela paz".
Além disso, o Pontífice destacou aos presentes que a situação hoje em suas terras de origem, “está gravemente comprometida pelo ódio fanático do terrorismo que continua a causar hemorragia de fiéis que se afastam das terras dos seus pais, onde cresceram profundamente enraizados na tradição”. Esta situação, observou o Papa, está a minar a vital presença cristã nesta terra.
O Pontífice exortou os presentes a trabalhar incansavelmente como construtores de unidade em todas as províncias do Iraque, favorecendo o diálogo e a colaboração entre todos os atores da vida pública, ajudando a sanar as divisões e impedindo outras.
Por outro lado, Francisco explicou aos presentes que o Sínodo que estão celebrando nestes dias significa "caminhar juntos", um momento propício para o debate entre as diversidades que enriquece a comunhão fraterna entre eles "sob o olhar de Cristo Bom Pastor".
Aliás, ele recordou que para os discípulos de Jesus, ontem, hoje e sempre, “a única autoridade é a autoridade do serviço, o único poder é o poder da cruz".
O bispo de Roma pediu para que eles vivam o Sínodo "com senso de responsabilidade, participação e serviço, tendo sempre diante a imagem do Bom Pastor, que tem em seu coração a salvação de suas ovelhas e, de forma particular, cuida da que está perdida".
Ele também os encorajou a serem paternais com os sacerdotes e com todas as pessoas consagradas, “que são seus primeiros colaboradores" e respeitando a tradição e as normas, “a serem benévolos com os sacerdotes e os consagrados e compreensivos nas suas necessidades, para que eles sejam cada vez mais conscientes das exigências do seu ministério ao serviço dos fiéis”.
Assim, “conseguirão preencher as distâncias que os separam e discernir as respostas para as emergências da Igreja Caldeia, tanto na pátria mãe como na diáspora", observou o Santo Padre.