Papa Francisco propõe remédio do “diálogo” contra as “ameaças à paz e segurança” deste tempo
O Papa enviou uma mensagem aos participantes no 37.º Encontro de Rimini, que começou hoje na Itália, na qual propõe o remédio do “diálogo” contra as “ameaças à paz e à segurança” que marcam o quotidiano das nações.
“A insegurança existencial faz-nos ter medo do outro, como se ele fosse um adversário que nos rouba o espaço e invade tudo o que construímos”, salienta Francisco, apontando ainda que “nestes tempos de mudança”, há “uma palavra que nunca devemos deixar de repetir e sobretudo de testemunhar, o diálogo”.
“A abertura aos outros não empobrece o nosso olhar, pelo contrário, enriquece-nos porque faz-nos perceber a verdade do outro e a importância da sua experiência, mesmo que esta esconda escolhas e comportamentos com os quais não concordamos”, acrescenta o Papa argentino, no texto publicado esta sexta-feira pela sala de imprensa da Santa Sé.
Organizado pelo movimento “Comunhão e Libertação”, em Rimini, no nordeste da Itália, o 37.º Encontro da Amizade entre os povos tem como tema para este ano “Tu és um bem para mim”.
Classificando a frase como “corajosa”, o Papa sublinha que “o verdadeiro encontro implica a clareza da própria identidade, mas ao mesmo tempo, a disponibilidade em se colocar no lugar do outro para sentir aquilo que agita o seu coração”.
“Este é o desafio diante do qual se encontram todos os homens de boa vontade”, aponta Francisco, que destaca a missão dos cristãos “em ir ao encontro das feridas do Homem” e de no meio das dificuldades serem portadores da “presença forte e simples de Jesus, da sua misericórdia consoladora e encorajadora”.
O Papa termina a sua mensagem incentivando os membros do movimento ‘Comunhão e Libertação’ a “continuarem o seu compromisso solidário em favor dos outros, servindo-os com alegria”, de acordo com o legado do fundador do CL, o padre Luigi Giussani.
Nascido na Itália, em 1954, o movimento ‘Comunhão e Libertação’ assenta na premissa de que o acontecimento cristão vivido em comunhão é a base da autêntica libertação do homem.