Parlamento Europeu apoia Papa Francisco e reconhece genocídio armênio, ocorrido há 100 anos
O Parlamento Europeu aprovou uma resolução que reconhece o genocídio armênio, ocorrido há 100 anos, e presta homenagem às suas vítimas.
O texto também propõe a instituição de um dia para lembrar o acontecimento e "deplora" qualquer tentativa de negacionismo, como as que são feitas sistematicamente pela Turquia.
O Congresso ainda aprovou uma emenda que elogia a mensagem passada pelo papa Francisco, quando ele celebrou uma missa pelo centenário da matança por parte do antigo Império Otomano.
Na ocasião, o Pontífice afirmou que esse crime foi o primeiro genocídio do século 20, vitimando também católicos sírios e ortodoxos, assírios, caldeus e gregos. A declaração abriu uma crise diplomática com a Turquia e gerou duras críticas por parte do ministro das Relações Exteriores do país, Mevlut Cavusoglu, do premier Ahmet Davutoglu e do presidente Recep Tayyip Erdogan, que advertiu Francisco para ele "não repetir o erro".
Logo depois da votação da resolução pelo Parlamento da União Europeia, o governo de Ancara disse que a medida é um "exemplo sem precedentes de incoerência em todos os aspectos".