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Pedro Fabro, modelo para Bergoglio, será canonizado em dezembro

Paramentos Litúrgicos
O jesuíta Pedro Fabro, a quem o Papa Francisco considera um modelo, será proclamado santo dentro de pouco tempo, seguramente antes do Natal.

A informação é de Stefania Falasca em reportagem publicada pelo jornal italiano Avvenire e reproduzida pelo jornalista Andrea Tornielli, em artigo publicado no jornal La Stampa.

O processo se encontra na fase final na Congregação para a Causa dos Santos e se espera que a bula pontifícia com que Francisco canonizará o primeiro dos companheiros de Inácio de Loyola (estendendo o culto à Igreja universal) chegue no mês de dezembro.

Pedro Fabro nasceu na alta Sabóia, em 1506, e morreu em Roma, em 1547, poucas semanas antes de ir para o Concílio de Trento. Foi proclamado beato em setembro de 1872, com um texto da Congregação para os Ritos que foi ratificado por Pio IX, que aprovou o culto difundido em Sabóia e entre os membros da Companhia de Jesus. Agora o Papa Francisco estenderá o culto litúrgico à Igreja universal.

A prática adotada para o beato Pedro Fabro, explicou Falasca, é a da canonização chamada "equiopolente", prática que se usa em relação com figuras de particular relevância eclesial que contam com um culto litúrgico há muito tempo e com uma fama de santidade ininterrupta. Esta prática se usa regularmente na Igreja, ainda que não seja muito freqüente. "Na história recente – recorda o jornal católico italiano – João Paulo II levou a cabo três e Bento XVI, uma. A última foi a canonização de Ângela Foligno, assinada por Papa Francisco no último mês de outubro".

Mas a canonização de Pedro Fabro tem um significado muito especial, pois o jesuíta é "um modelo de espiritualidade e de vida sacerdotal do atual sucessor de Pedro e, ao mesmo tempo, uma das referências importantes para compreender seu estilo de governo". Fabro, que viveu na época em que a unidade da Igreja sofreu grandes desafios, permaneceu alheio às disputas doutrinais e "orientou seu apostolado para a reforma da Igreja, convertendo-se num precursor do ecumenismo".

Foi o próprio Francisco que falou de Pedro Fabro na entrevista publicada pela revista La Civiltà Cattolica, indicando alguns aspectos essenciais de sua figura: "O diálogo com todos, inclusive com os mais afastados e com os adversários, a piedade simples, talvez, uma certa ingenuidade, a disponibilidade imediata, seu atento discernimento interior, o fato de ser homem de grandes e fortes decisões e, ao mesmo tempo, capaz de ser doce".

"A fisionomia de Pedro Fabro – escreve Falasca – que surge dos escritos é a de um contemplativo na ação, a de um homem atraído, sem tréguas, por Cristo, compreensivo, apaixonado pela causa dos irmãos separados, experimentado no discernimento dos espíritos, onde se aprecia a exemplaridade da sua vida sacerdotal, ao viver com paciência e mansidão a gratuidade do sacerdócio recebido como dom e doando-se a si mesmo sem esperara nenhuma recompensa humana".

As intuições mais típicas de Pedro Fabro partem do "magistério afetivo", isto é, da capacidade de comunicação espiritual com as pessoas, dessa graça de saber colocar-se nas condições de cada um.

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