Por que a Igreja Católica não vende todos os seus bens e doa o dinheiro aos pobres?
Muito tem se falado, sobretudo os desavisados de plantão, sobre as “riquezas do Vaticano”; o motivo pelo qual não se vende todo o patrimônio artístico para dar aos pobres e pagar as indenizações pelos danos sofridos às vítimas de padres pedófilos. Quando se fala em “riqueza do Vaticano”, não há que se perder de vista que se está falando de bens culturais que são patrimônios da humanidade. O Vaticano, fora dos seus templos, é um gigantesco museu, com bibliotecas e obras de artes de valores artísticos inigualáveis. Se o Papa, por exemplo, tivesse que vender esses bens para ajudar aos pobres, cada nação e estado teriam que vender seus próprios museus e patrimônios culturais para ajudar os desprovidos de seus próprios países. E quem iriam comprá-los??? Trata-se de algo impensável, pois fazer passar estes bens a pessoas particulares seria privar todos os estudiosos e pessoas de todas as crenças religiosas de conhecer parte do patrimônio científico, filosófico, teológico e artístico da humanidade. A verdadeira caridade para a Igreja Católica, não é somente o assistencialismo, mas sim a evangelização, como o próprio Bento XVI mencionou em diversas ocasiões ao longo de seu pontificado.
Além disso, é evidente que esta não seria nenhuma solução para a pobreza no mundo, a qual passa pela conversão dos governantes e magnatas da terra. Há estatísticas segundo as quais, se vendesse todas as “riquezas” do Vaticano inteiro, só se daria de comer aos pobres do mundo por três dias. Há que ser conscientes de que isto não é mais que um sofisma que busca desacreditar a Igreja.
Por outro lado, a “Caritas Internacional” (Caritas Internationalis) é uma confederação de 162 organizações humanitárias da Igreja Católica que atua em mais de duzentos países. A Caritas é uma das entidades que mais ajuda os necessitados ao redor do mundo.
