POR QUE A NOVA MISSA – “NOVUS ORDO” – PODE SER TRANQUILAMENTE CHAMADA DE NOVO RITO CISMÁTICO?
A nova missa, Novus Ordo, pode, tranquilamente, ser chamada de Novo Rito Cismático. Digo “tranquilamente” porque devemos ter tranquilidade diante deste fato, pois, apesar de ser cismática, não é inválida. É preciso, em primeiro lugar, entender o que é cisma.
O sentido do termo está no grego “schisma”, que quer dizer “cortar”. Em sentido teológico, significa o mesmo que estar cortado da Igreja. É o cismático, portanto, quem se corta da Igreja. “Corte”, neste caso, é entendidocomo amputação. Quando, de alguém se lhe amputa um braço, ou uma perna, não significa que aquele braço ou aquela perna terão vida ou que, naquele membro, crescerá outro corpo. O cisma, portanto, não significa divisão, mas subtração. O braço, amputado do corpo, não gerará outro corpo, mas fará que o corpo a que estava ligado, fique menor. Logo, o cismático não divide a Igreja, mas, corta-lhe de algo que a pertencia, que é, ele mesmo, o cismático.
Novus Ordo, que é um novo rito, escrito por Paulo VI, tem, portanto, a característica de cortar-se do Rito Romano, isto é, da Tradição, do Concílio de Trento, e, do Quo Primum. Este novo rito, por cortar-se da Tradição, não pode ser compreendido de outro modo que não como um “rito cismático”.
Ocorre, no entanto, que a Igreja sempre teve, ao longo da história, a benevolência de reconhecer, mediante análise cuidadosa, algo válido nos ritos cismáticos, quando fosse o caso, porquê, devemos lembrar, o Novus Ordo não é o primeiro nem o único dos ritos cismáticos. Assim foi, por exemplo, a análise sobre o rito anglicano. Neste caso, a Igreja não lhe reconheceu nenhuma validade, compreendendo-o como rito cismático não válido. Tal decreto, “Apostolice Cure”, foi estabelecido no papado de Leão XIII, através do qual, decidiu a Igreja que as ordens anglicanas não são válidas.
Sobre a Nova Missa, apesar de cismática, reconhece a Igreja a validade do rito por haver este, conservado algo essencial à celebração eucarística.
(Por Professor Bellet)