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POR QUE A NOVA MISSA – “NOVUS ORDO” – PODE SER TRANQUILAMENTE CHAMADA DE NOVO RITO CISMÁTICO?

Paramentos Litúrgicos

Missa nova celebrada por FranciscoA nova missa, Novus Ordo, pode, tranquilamente, ser chamada de Novo Rito Cismático. Digo “tranquilamente” porque devemos ter tranquilidade diante deste fato, pois, apesar de ser cismática, não é inválida. É preciso, em primeiro lugar, entender o que é cisma.

O sentido do termo está no grego “schisma”, que quer dizer “cortar”. Em sentido teológico, significa o mesmo que estar cortado da Igreja. É o cismático, portanto, quem se corta da Igreja. “Corte”, neste caso, é entendidocomo amputação. Quando, de alguém se lhe amputa um braço, ou uma perna, não significa que aquele braço ou aquela perna terão vida ou que, naquele membro, crescerá outro corpo. O cisma, portanto, não significa divisão, mas subtração. O braço, amputado do corpo, não gerará outro corpo, mas fará que o corpo a que estava ligado, fique menor. Logo, o cismático não divide a Igreja, mas, corta-lhe de algo que a pertencia, que é, ele mesmo, o cismático.

Novus Ordo, que é um novo rito, escrito por Paulo VI, tem, portanto, a característica de cortar-se do Rito Romano, isto é, da Tradição, do Concílio de Trento, e, do Quo Primum. Este novo rito, por cortar-se da Tradição, não pode ser compreendido de outro modo que não como um “rito cismático”.

Ocorre, no entanto, que a Igreja sempre teve, ao longo da história, a benevolência de reconhecer, mediante análise cuidadosa, algo válido nos ritos cismáticos, quando fosse o caso, porquê, devemos lembrar, o Novus Ordo não é o primeiro nem o único dos ritos cismáticos. Assim foi, por exemplo, a análise sobre o rito anglicano. Neste caso, a Igreja não lhe reconheceu nenhuma validade, compreendendo-o como rito cismático não válido. Tal decreto, “Apostolice Cure”, foi estabelecido no papado de Leão XIII, através do qual, decidiu a Igreja que as ordens anglicanas não são válidas.

Sobre a Nova Missa, apesar de cismática, reconhece a Igreja a validade do rito por haver este, conservado algo essencial à celebração eucarística.

(Por Professor Bellet) 

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