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Por segurança do Papa Francisco, filipinos ficaram sem celular e wi-fi

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O temor por ataques terroristas ou atentados contra o papa Francisco fez com que as autoridades das Filipinas cancelassem os serviços de telefone e wi-fi durante os cinco dias da visita do líder da Igreja Católica ao país.

De acordo com reportagem publicada nesta segunda-feira (19) pelo jornal "The Philippine Star", a Comissão Nacional de Telecomunicações das Filipinas (NTC) pediu para que as operadoras The Phillip Long Distance Telephone (PLDT) e Ayala-Ied Globe Telecom desligassem os sinais para celulares em áreas que seriam visitadas pelo Pontífice. A medida foi colocada em prática logo na chegada de Francisco às Filipinas, no dia 15 de janeiro.

A brasileira Taisa Sganzerla, que está em viagem à capital Manila, relatou à ANSA que seu aparelho celular ficou sem sinal telefônico e de wi-fi por quase cinco dias, mas que não sabia que o fato tivesse relação com o esquema de segurança do Papa.

"Tentei o acesso de vários cafés, lojas, etc. Na casa onde estou, também não havia sinal. A maioria dos wi-fis aqui é via 3G", disse Taisa, que está hospedada no bairro Malate, que fica a dois quarteirões do Rizal Park, onde o Papa celebrou ontem (18) uma missa com um público recorde de sete milhões de pessoas.

O porta-voz da PLDT, Ramon Isberto, disse à imprensa filipina que a empresa de telefonia "não se importa em abrir mão de potenciais receitas para garantir a segurança do Papa". "Foi por isso que resolvemos cooperar com o governo", declarou. Mas Isberto negou saber qual o impacto financeiro que a medida provocou nos lucros da PLDT.

A visita de Francisco às Filipinas fez parte da primeira viagem internacional do Papa em 2015, a qual contou também com uma passagem pelo Sri Lanka. As autoridades organizaram um forte aparato de segurança para o Papa, com mais de 25 mil policiais e sete mil militares, além de um contingente de seis mil reservistas. Isso porque o histórico de visitas de chefes da Igreja Católica às Filipinas não tem boas referências. Último Papa que esteve no país, João Paulo II conseguiu escapar em 1995 de um atentado descoberto horas antes de sua chegada. O ataque obrigou as autoridades a mudarem o cronograma do Pontífice na ocasião. Em 1970, Paulo VI foi ferido com um punhal por um agressor vestido de padre que o atacou no aeroporto. O homem se aproximou do Pontífice e tentou matá-lo com uma punhalada no peito, mas foi empurrado pelo então presidente filipino, Ferdinand Marcos. A polícia identificou o falso sacerdote como Benjamin Mendoza y Amor, um pintor surrealista boliviano de 35 anos.

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