Protestantes usurpam o lugar de Deus para dar o veredicto da vida alheia
As aparências enganam. O comportamento de uma pessoa não diz de sua essência ou aquilo que de fato ela é. Por isso, todo julgamento é pecado. Só Deus tem o poder para julgar. É Ele que conhece o profundo das pessoas. Quem julga o próximo, está condenando a si próprio; pois quem julga o outro acaba fazendo coisa pior. Tais atitudes de julgar são muito comuns entre os protestantes. Quem nunca ouviu um protestante dizer: “fulano foi direto para o inferno porque adorava imagens de santos” (sic), ” beltrano fora para o inferno porque tinha uma vida de pecado”, entre outros inúmeros comentários maliciosos. Ora, se só Deus pode julgar, quem somos nós para dizer que alguém foi para o céu ou para o inferno? Os protestantes, em geral, USURPAM O LUGAR DE DEUS PARA DAR O VEREDICTO FINAL! Como podemos saber se aquela pessoa que vivia em “pecado” não se arrependeu no último minuto e teve a misericórdia Divina?
Não posso fazer-me de juiz do meu irmão. Acabo pegando um fato isolado de alguém, abrindo um processo, condenando, dando a sentença, até a morte. Não podemos parar nos fatos isolados dos nossos irmãos. Somos chamados a sermos misericórdia de Deus para a vida do outro. “Não julgueis e não sereis julgados. Pois o mesmo julgamento com que julgardes os outros servirá para vós; e a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós. Por que observas o cisco no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho?” (Mt 7,1-3).
Assim como queremos que Deus não nos condene, também não podemos condenar o irmão por qualquer coisa que ele faz por pior que seja, a Deus cabe o julgamento, porque Deus não faz distinção de pessoas (Rm 2,11). Deus sempre julga tudo do homem conforme sua justiça e amor. Ele não julga como nós julgamos ou entendemos ser julgamento. Não queiramos olhar para Deus com parâmetros humanos. Nossos pensamentos não são os pensamentos de Deus. Somente Deus pode julgar, porque todos nós temos culpa no cartório , o nosso julgamento precisa ser transformado em acolhimento, amor , alegria e justiça.
A justiça de Deus dá a vida a todos os homens. Justiça significa retribuir ao outro aquilo que lhe é devido. Por isso, a justiça de Deus precisa ultrapassar a nossa mentalidade e nos levar a uma mudança de coração e tratar o outro como verdadeiro filho de Deus. Por causa do nosso julgamento, muitas das vezes estamos nos afastando de Deus e as pessoas de nós e de Deus. Porque se vermos uma pessoa diferente se aproximando e entrando na igreja, temos logo um juízo temerário e condenamos, atribuímos muitas vezes coisas que aquela pessoa nem é; como por exemplo: prostituta, ladrão etc, sem realmente Ter conhecimento de sua vida ou passado. Mas precisamos ser instrumento de acolhimento como Jesus foi; levar a salvação que vem de Deus e do seu Evangelho.
Devemos levar os outros a esta compreensão de que a nossa salvação está unicamente em Jesus Cristo. Aderir ao Senhor pela força da nossa fé. Pois o Evangelho de Jesus tem a força de salvação e purificação: “…o Evangelho, pois ele é uma força vinda de Deus para a salvação de todo aquele que crê… (Rm 1,16).”