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RELIGIÃO E POLÍTICA: “FELIZ É A NAÇÃO CUJO DEUS É O SENHOR” – ARTIGO ESCRITO POR MÔNICA ROMANO

Paramentos Litúrgicos

Religião e PolíticaAcessando algumas redes sociais, vejo debates e discussões sobre política, e em que partido NÃO votar, porque este é a favor do aborto, aquele do casamento entre pessoas do mesmo sexo, entre outras questões polêmicas. Que bagunça não é? E onde é que a religião se encaixa em toda esta história?

Embora nosso estado democrático seja laico, de fato não o é, pois seus cidadãos são religiosos, e em sua imensa maioria cristãos.

E não se pode conciliar o fato de ser cristão e apoiar leis que vão contra o que cremos. Isto é fato. Um político por sua vez não pode governar só para os religiosos, independente da crença. Ele tem o dever de governar para todos, todos os cidadãos. Mas como separar isso? Seria simples se não fosse complexo.

Política envolve acordos, conchavos, pagamentos escusos, falsidade; é um caminho pelo qual um cristão de verdade jamais se aventuraria, pois ou seria massacrado pelo sistema ou aderiria a ele. Mas um país não pode viver sem governo, precisa de alguém para representá-lo, para gerir. E você pensa que política não tem nada a ver com religião? É mais antigo do que se pensa. Quando o povo de Israel viu que os povos ao seu redor tinham no comando um rei, exigiram de seus profetas que também tivessem um. Alguém visível a quem pudessem seguir. Não estavam satisfeitos com a proteção de Deus, um Deus que não podiam ver, falar, tocar. Muito contrariado o profeta Samuel, levou a Deus o desejo do povo, e Samuel indicou Saul. Saul governou Israel sobre a proteção de Deus, até que não mais deu ouvidos ao que dizia o profeta, abandonando os ensinamentos de Deus. Davi foi um grande rei, mas homem como era, também sucumbiu, mesmo assim foi o que mais governou com Deus no comando. Salomão foi o último rei antes do exílio, e mesmo detendo toda a sabedoria, foi corrompido pelos “deuses” pagãos.

Na antiguidade a Igreja era detentora do poder político, reis só governavam com o aval da Igreja. Com o surgimento das democracias, o Estado foi se separando aos poucos da igreja. Mas seus conceitos e valores são o que forjam nossas leis. Votar ou não votar em candidato "x", "y" ou "z", pois se declaram a favor do aborto. Penso que o aborto é uma questão de foro íntimo e particular. Eu sou declaradamente contra, pois defendo a vida, e não simplesmente a vida, mas a família que Deus quer. O aborto é a pior conseqüência de uma escolha mal feita. Ele é a opção para quem não tem esperança, para quem não conhece Jesus, para quem não conhece Maria, e o que é ser mãe. É a opção mais simples de uma gravidez não desejada, pois o que pensa uma jovem cujos pais são radicais na concepção da palavra e engravida do namorado?. "Minha mãe vai me matar”!!! Ela não pensa que já é mãe e vai sim, matar seu filho. “Isso vai acabar com a carreira do meu filho” quando o principal mandamento de Deus á o amor ao próximo. “ Meu marido vai descobrir minha traição” quando o amor verdadeiro não admite o adultério. “ Eu vou engordar, vou ficar feia”; não é a vaidade um dos pecados capitais? Para um filho não existe mulher mais linda que a mãe. “ Fui violentada, este filho é fruto de um crime” violência maior é o assassinato de um inocente. E quem tem mais responsabilidade sobre esta escolha? A Igreja ou o Estado?

A Igreja bravamente tem orientado sozinha, lutado para que os homens entendam que sem Deus um país não pode ser governado. A Igreja assume sua responsabilidade de catequizar e orientar seus fiéis sobre a gravidade do aborto e outras leis contra a família.

O Estado se fosse governado por pessoas de caráter saberia se aliar a Igreja, mas o que vemos é um Estado inoperante perdido, que apenas se preocupa em se manter no poder. O Estado ainda criminaliza o aborto e abre prerrogativas para que seja feito de forma legal, mas mesmo nestes casos, a decisão é da pessoa, a responsabilidade é pessoal. E independente da lei, se no Brasil, como é apregoado morrem mais de 800 mil mulheres em decorrência de abortos mal feitos, números questionáveis, uma vez que é ilegal, não há eficácia na lei. A eficácia é de caráter, é de educação, a eficácia vem de confiar em Deus. Abortos não seriam feitos, se as famílias tivessem educação cristã, com apoio do Estado, se os pais tivessem emprego digno com salários justos, com educação não só curricular mas também moral em casa. Se houvesse respeito pelo corpo, pois sabendo que o corpo é morada do Espírito Santo, jovens não se prostituiriam, teriam um namoro santo, saberiam que um filho é responsabilidade, um casamento é para ser honrado, crimes como estupro teriam que ser punidos com mais rigor pelo Estado. Então a questão não é o aborto, não é o casamento gay, um cristão na minha concepção tem que estar atendo para algo muito pior que isso. Tem que estar atento para um Estado que pode sim interferir de forma arbitrária em nossa vida e não nos deixar praticar nossa vida cristã.

O eleitor tem que estar atento, pois questões morais, são apenas distrações para esconder algo pior e muito mais perigoso, algo como o comunismo, este sim o grande inimigo da Igreja no atual momento. O povo já foi tão educado para aceitá-lo que assim que for implantado seremos apenas cordeiros indo para o abatedouro. O Foro de São Paulo foi criado em 1997, pelos partidos de esquerda do país e pelo governo de Cuba. Em menos de duas décadas, este grupo já conseguiu socializar a maior parte dos países latino-americanos, lembremos que até poucos anos atrás Cuba era uma ilha em todos os sentidos, inclusive com seu governo totalitário. Parecia que o ocidente estava a passos largos da democratização, e quando nós percebemos, Venezuela, Bolívia, Chile, Argentina, e Brasil eram países socialistas muito próximos de Fidel e da Ilha, fazendo acordos com Rússia e China, este último um dos países onde mais se persegue os cristãos. Estávamos tão distraídos que não percebemos que sutilmente o País antes com perspectivas de crescimento, parou de crescer aos pouquinhos, que a classe média, que é quem realmente trabalha, passou a sustentar mais e mais pobres que não trabalham pois recebem ajuda do governo. Nossos recursos passaram a financiar países socialistas. A educação de uma forma geral piorou e muito, me desculpem os estudantes de hoje, mas estudei no país em uma época em que a ditadura estava no poder, faço parte daqueles que viram a história acontecer em frente aos olhos, eu não troco meu estudo público daquela época pelo de hoje.

Se temos mais comida, tecnologia, empregos, com certeza eles não são fruto de iniciativa governamentais e sim dos empreendedores da iniciativa privada. Por outro lado nunca a saúde esteve tão precária, hospitais sucateados, a disseminação de doenças antes controladas , o consumo de drogas, assassinatos, degradação familiar, desrespeito aos idosos e crianças nunca esteve tão grande.

O mundo caminha para um rumo que não é bom. Enquanto no mundo os cristãos estão morrendo defendo a fé, um número cada vez maior de brasileiros estão acordando e assumindo a posição da Igreja, uma batalha muito perigosa que está se desenhando no horizonte.

Vote com consciência, leve em consideração os candidatos que tem acordos com tais foros e políticas mundiais de redução populacional, limitação religiosa, degradação moral e familiar. Aqueles que podem decididamente intervir em suas escolhas morais contra Deus, olhe especificamente para aqueles que querem governar com Deus, pois faz parte da artimanha mundial fazer você esquecer que Deus existe.

Feliz a Nação cujo Deus é o Senhor. Nunca esta frase me pareceu tão apropriada.

 

Mônica Romano é catequista em Belo Horizonte, Minas Gerais, e colaboradora do portal Catolicismo Romano.

 

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