Rumo ao cisma com o documento preparatório do Sínodo da Amazônia
Aconteceu! O Papa Francisco não está brincando. Ele realmente quer destruir o catolicismo tal como se conhece atualmente e gestar uma nova religião a partir da estrutura da Igreja Católica. O documento preparatório do Sínodo da Amazônia não deixa margens para dúvida.
Embora o que chame imediatamente a atenção seja a solicitação de novas formas de ministério para a Igreja da Amazônia, a raiz da questão é muito mais profunda. O nº 129 do “Instrumentum Laboris”, de fato, diz que “afirmando que o celibato é uma dádiva para a Igreja, pede-se que, para as áreas mais remotas da região, se estude a possibilidade da ordenação sacerdotal de pessoas idosas, de preferência indígenas, respeitadas e reconhecidas por sua comunidade, mesmo que já tenham uma família constituída e estável, com a finalidade de assegurar os Sacramentos que acompanhem e sustentem a vida cristã”. Trata-se da velha requisição de que se ordene homens casados.
Mas, ufa! Segundo o nosso super ortodoxo ex-núncio, Cardeal Lorenzo Baldisseri, não se trata de um prelúdio do fim: “Tudo que é doutrina permanece intacto. O resto pode-se estudar ou inventar”.
Inventar! Nisso eles são realmente pródigos.
Pois, um pouco antes, no nº. 126, o documento afirma que “constata-se a necessidade de um processo de discernimento em relação aos ritos, símbolos e estilos celebrativos das culturas indígenas em contato com a natureza, os quais devem ser assumidos no ritual litúrgico e sacramental. É necessário prestar atenção para captar o verdadeiro sentido do símbolo que transcende o meramente estético e folclórico, concretamente na iniciação cristã e no matrimônio. Sugere-se que as celebrações sejam festivas, com suas próprias músicas e danças, em línguas e com trajes originários, em comunhão com a natureza e com a comunidade. Uma liturgia que corresponda à sua própria cultura, para poder ser fonte e ápice de sua vida cristã, e ligada às suas lutas, sofrimentos e alegrias”.
A doutrina permanece intacta! O que faremos é apenas uma releitura dela, ressignificando-a completamente a ponto de se inventar uma nova religião. Afinal, não é o que o nº. 138 aprecia nos protestantes que atuam na Amazônia? Para os redatores deste documento naturalista, as seitas “nos mostram outro modo de ser Igreja, onde o povo se sente protagonista, onde os fiéis podem expressar-se livremente, sem censuras, dogmatismos, nem disciplinas rituais”.
Vamos inventar!
Como afirmava Dom Claudio Hummes em sua conferência na PUC-SP, eles querem, de fato, gestar uma Igreja com DNA Amazônico, ecologista, multiculturalista, indígena, tribalista! É disso que se trata.
Chega a ser absurdo que o Papa Francisco, embora escondendo-se sob a máscara sinodal, coloque-se tão flagrantemente em desconexão com o sensus fidei do povo católico. A pressa em demolir a Igreja é tão acelerada que já não consegue mais disfarçar uma fachada de catolicismo.
Alguns papas recentes também foram reformistas, mas eles tinham a preocupação de manter ainda aquela aparência católica que tranquilizava a alma das ovelhas enganadas. Agora, não. É sem anestesia, mesmo!
Mas isto é bom! Aliás, é excelente. Precisava ficar cada dia mais claro quem é Jorge Mario Bergoglio. Os cleanersjá não conseguem respostas, pois Francisco os desarma totalmente.
Se não houver conversão, e é pelo que rezamos, Francisco precisa mesmo é escancarar ao máximo o seu desvio. O mais importante é a salvação das almas e a restauração da Igreja. E o fato de que toda esta Babel se torna cada dia mais manifesta aos olhos dos simples fieis será a circunstância de que se servirá a Providência para impelir a reação do povo cristão.
Por enquanto, Deus não intervém porque nós não merecemos. Quanta gente preocupada em disfarçar, em fazer de conta que estamos numa primavera! Nosso Senhor fará alguma coisa apenas quando a situação se tornar tão grave que seja indisfarçável, para que fique muito claro o milagre.
Neste ínterim, a estrutura eclesiástica se perverte cada dia com mais força, a fé é dissolvida no paganismo e a Igreja perece no mais inegável mundanismo. Semana passada, por exemplo, um bispo chileno recém-nomeado teve de renunciar não por ter dito uma heresia, mas porque falou coisas politicamente incorretas. A ditadura da opinião prevalece, invicta, sobre o clero moderno.
Até quando os fieis ficarão calados? Até quando assistirão, omissos, o desmonte da sua religião? Os avisos de Fátima são eloquentes! “O dogma da fé” foi o apelo da Virgem. Quem não curvará sua cabeça diante da impostura? (Por Fratres In Unum)