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Santa Sé fecha as portas para embaixador francês gay

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O Vaticano fechou suas portas ao embaixador francês, assumidamente gay, Laurent Stefanini. Ele foi designado há cinco meses pela França para ocupar o cargo na Santa Sé, mas o país nunca obteve uma resposta oficial à indicação.

 

"De nossa parte, seguirá o silêncio. O governo francês deveria compreender que não mudaremos de ideia", disse uma autorizada fonte vaticana à ANSA.

 

Nunca houve uma declaração oficial sobre o tema e não há registro de nenhuma conversa oficial entre o Executivo francês e secretaria de Estado vaticana. Desta maneira, a postura do governo local é mostrar sua intenção de não conceder o lugar a Stefanini.

 

A tensão entre os dois Estados se transforma em um estancamento que, se não for indicado o nome de outra pessoa, terá o real risco da posição em Villa Bonaparte, sede da representação diplomática na Santa Sé, ficar vazia.

 

O papa Francisco recebeu, reservadamente, Stefanini no dia 17 de abril na casa de Santa Marta. O encontro de cerca de 40 minutos não teve nenhuma nota oficial, o que aumentou rumores sobre os temas debatidos entre os dois. O jornal satírico "Le Canard Enchainé" afirmou que Jorge Mario Bergoglio teria negado a credencial de Stefanini.

 

Já a agência "I-Media", também de Paris, informou que isso não havia sido tema da reunião e que o encontro nasceu do desejo do Pontífice de aprofundar seu conhecimento diplomático.

 

O que é certo é que o sucessor de Bento XVI pode tomar conhecimento do dossiê preparado sobre Stefanini pelo núncio de Paris, monsenhor Luigi Ventura, e que é muito estimado pelo atual secretário de Estado, Pietro Parolin.

 

O diplomata é católico praticante e ex-número dois da Embaixada francesa na Santa Sé entre 2001 e 2004 e, por isso, é muito admirado no Vaticano por sua experiência e conhecimento do local.

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