São José, o testemunho de castidade, fidelidade, fé e amor
“Ó glorioso São José, digno de ser amado, invocado e venerado com especialidade entre todos os santos.” Assim é reconhecido São José, pai nutrício de Jesus e esposo de Nossa Senhora.
Poucos são os dados históricos que conhecemos de São José, contudo a ausência destes fatos em nada subtrai a grandeza e esplendor do testemunho fiel daquele que foi escolhido por Deus para ser pai do Filho seu.
Segundo a tradição da Igreja e os Evangelhos, José descende da casa real de Davi e seu pai chamava-se Jacó. Era homem simples, austero, de muita fé e gozava de grande respeito entre os seus. Era carpinteiro e morava na cidade de Nazaré. Recebeu em matrimônio a jovem Maria, a qual seria a mãe do Salvador. A ela, José dedicou todo o seu tempo, zelo, respeito, fidelidade e castidade, pois com a anunciação do Anjo à Maria e sua gravidez divina, precisou acolhê-la e defendê-la do rigor dos costumes da época, bem como empreender a fuga para Belém e para o Egito quando Herodes, sabendo do nascimento de Jesus, ordenou a matança de todos os primogênitos da região.
A estes fatos José não questionou. Mesmo sem entender, foi dócil a voz e a vontade de Deus que o conduziu. Retornou para a Galileia após a morte de Herodes e ali continuou sua missão de amar, cuidar e proteger a sua “Sagrada Família”. José ainda seria lembrado nos Evangelhos no episódio do encontro do Menino Jesus no Templo quando este já tinha doze anos. A tradição da Igreja acredita que José já estava com idade avançada e teria falecido antes da paixão de Jesus Cristo.
Devido à silenciosa passagem de José pela história, seu culto se difundiu de forma concreta somente no século IX. No ano de 1479 ele foi colocado no calendário Romano com sua festa a ser celebrada em 19 de março. Em 1870 José foi declarado patrono universal da Igreja pelo Papa Pio IX. Em 1889 foi declarado Patrono da Justiça Social. O Papa Pio XII estabeleceria ainda uma segunda festa para São José, a festa de “São José, o trabalhador” em primeiro de maio.
São José testemunha para nós em seu silêncio e austeridade a forte e incondicional adesão ao plano de Deus. Soube esperar, se conformar, amar e compreender o mais sublime mistério com a mais sublime humildade. São José, rogai por nós!