Secretário de Estado do Vaticano fará missa antes de assinatura de acordo com as Farc
O secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, aceitou o convite de realizar uma missa antes da cerimônia de assinatura do histórico acordo de paz entre o governo de Bogotá e os guerrilheiros das Farc no próximo dia 26 em Cartagena das Índias, Colômbia.
Em comunicado, autoridades religiosas colombianas informaram que Parolin aceitou "rezar pelo acordo e a reconciliação do povo desta nobre nação, de profundas raízes católicas e tão apreciada pela comunidade internacional, que está buscando construir uma sociedade de paz".
Ainda de acordo com a nota, o religioso pedirá a Deus que ilumine o povo colombiano para que, "atuando com consciência e máxima liberdade, assim como responsabilidade", participe das "decisões que interessam ao bem comum do país". Declaração se refere ao pleito convocado pelo Congresso que será realizado no próximo dia 2 para saber se o acordo conta com o apoio da população. Parolin seguirá para a Colômbia diretamente após sua participação na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que acontece nesta semana em Nova York, nos Estados Unidos. Papa – O papa Francisco celebrou recentemente o histórico acordo de paz entre Bogotá e os guerrilheiros, que coloca fim a mais de 50 anos de conflitos armados na Colômbia, alcançado em agosto.
O líder católico, que deve visitar o país em 2017, teve um "papel significativo" no acordo. No ano passado, o presidente Juan Manuel Santos viajou ao Vaticano e confirmou ter conversado com o Papa sobre os diálogos. O mandatário também expressou na ocasião o seu desejo de que Francisco entrasse nas conversas para dar um "respaldo" as negociações. Histórico – Em 25 de agosto as autoridades de Bogotá e os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) concluíram as negociações de paz, após mais de três anos de negociações em Havana, Cuba. Desde que as Farc foram criadas, no começo dos anos 1960, estima-se que o conflito com Bogotá tenha deixado mais de 220 mil mortos, quase 50 mil desaparecidos e 6,6 milhões de deslocados.