Secretário de Estado do Vaticano não depôs em caso Vatileaks 2
O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, não precisou depor no caso de vazamento de dados do Vaticano, conhecido como "Vatileaks 2".
A informação foi dada pelo juiz Giuseppe Dalla Torre durante a abertura da 13ª audiência sobre o caso, realizada neste sábado (14).
Segundo o texto, que beneficiou ainda o presidente do Instituto para as Obras da Religião (IOR), cardeal Santos Abril y Castellò e o líder da Esmolaria Vaticana, monsenhor Konrad Krajewski, "os funcionários públicos não podem ser obrigados a depor sobre aquilo que foi confidenciado a eles por razões de trabalho". A fala foi baseada no artigo 248, parágrafo 2, do Código de Procedimento Penal Vaticano.
Os três haviam sido chamados como testemunha da acusada Francesca Immacolata Chaouqui, que trabalhava na Comissão de Estudos sobre as Atividades Econômicas da Santa Sé (Cosea) na época dos vazamentos de dados. Chaouqui, o monsenhor espanhol Lucio Ángel Vallejo Balda, e o assistente do monsenhor, Nicola Maio, são acusados de serem os responsáveis por vazar os documentos sigilosos para os jornalistas italianos Emiliano Fittipaldi e Gianluigi Nuzzi.
Apesar das dispensas dos três religiosos, outras testemunhas falaram por mais de cinco horas sobre os trabalhos na comissão e sobre o que sabem sobre o vazamento de dados. As próximas audiências do "Vatileaks 2" foram convocadas para os dias 16 e 17 de maio e finalizarão a fase de ouvir as testemunhas convocadas pela defesa e pela acusação. (Ansa)