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Várias Marias? Várias Nossas Senhoras? Várias Mães de Jesus?

Paramentos Litúrgicos

No mês de maio a Igreja Católica lembra Nossa Senhora, em especial, Nossa Senhora de Fátima, no entanto, muitos católicos e a grande maioria dos protestantes (evangélicos) não conseguem entender essa quantidade de denominação que se atribui a Maria, Mãe de Jesus (Deus Filho).

Muitos questionam: é a mesma? E porque tantas denominações?

Sim, é a mesma. Maria e Nossa Senhora são a mesma pessoa.

Primeiro: Entendemos que Maria, Mãe de Jesus é Nossa Senhora com base no livro do Apocalipse, capítulo 12, versículos 1 e 2 que fala:

“Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher, revestida do Sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.

Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz.”

Assim, conforme nos relata os escritos sagrados, de forma incontestável, Maria está no céu e coroada, como Rainha, já que filha, mãe e esposa do REI (DEUS PAI, DEUS FILHO E DEUS ESPÍRITO SANTO).

E porque tantas denominações? De onde apareceu esse tanto de nome dados a Maria?

Como falamos, Maria é só uma, a Mãe de Deus Filho e nossa Mãe (João 19, 26-27). A chamamos de Nossa Senhora por crermos que está no céu ao lado do seu Filho.

As denominações (nomes) dados a Maria advém, normalmente, dos locais onde Deus permitiu que ela aparecesse aos fíeis católicos.

A mais conhecida no Brasil é Nossa Senhora de Fátima.

Como ocorre essas “aparições”?

Assim como Moisés morreu (Dt 34, 5-7) e apareceu para Jesus (Mt 17,3-4), Deus permite que Maria apareça para os católicos (veja que isso não tem nada haver com espiritismo, aqui, não se vai atrás de invocar o espírito de Maria, Ela é que aparece, quando Deus permite).

Alguns podem dizer: Mais Moisés apareceu para Jesus, é diferente de Maria aparecer para relis humanos. É, realmente é bem diferente Jesus e Maria, ninguém quer ou pode comparar uma ao outro, muito menos a Igreja Católica; agora, Deus tudo pode, né?

E se Ele permite que Maria apareça para os fiéis, quem somos nós para discutirmos:

Deus é o Deus do Impossível!

Então, Nossa Senhora de Fátima apareceu no dia 13 de maio de 1917, para três crianças (pastores), na cidade de Fátima, em Portugual, e, portanto, é conhecida pelo nome da cidade na qual apareceu.

Nossa Senhora de Lurdes – Deus permitiu que Maria aparecesse para a jovem Bernadete a partir do dia 11 de fevereiro de 1858 (até 16 de Julho), na cidade de Lurdes (França), por isso que também é conhecida por esse nome.

Nossa Senhora Aparecida – nossa padroeira – em meados de 1717, alguns pescadores foram ao rio Paraíba do Sul, sem sucesso na pescaria; até que chegaram ao Porto Itaguaçu, já sem esperanças, lançaram a renda e pegaram o corpo de uma imagem, sem cabeça; em nova tentativa, pegaram a cabeça da imagem, envolveram o achado em um lençol e, depois disso, os peixes começaram e surgir aos montes. Durante muitos anos a imagem ficou numa casa, onde as pessoas se reuniam para rezar – para essa imagem deram o nome de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, comemorada no dia 12 de outubro.

Nossa Senhora da Imaculada Conceição – o Papa Pio IX, em 08 de dezembro de 1854, proclamou esse Dogma que não pode ser contestado por nenhum católico. O Dogma da Imaculada Conceição, proclamado após anos de estudos da Bíblia, da Tradição e orações, reza que a Virgem Maria, desde o primeiro instante de sua concepção no ventre de sua mãe Ana, foi preservada da nódoa do pecado original, por privilégio único de Deus e aplicação dos merecimentos de seu Divino Filho.

Até mesmo Lutero não se atreveu a ir contra esse Dogma, tendo escrito:

Era justo e conveniente, diz ele, fosse a pessoa de Maria preservada do pecado original, visto o filho de Deus tomar dela a carne que devia vencer todo pecado”. (Lut. in postil. maj.).

Passados três anos dessa proclamação do Dogma da Imaculada Conceição, Maria apareceu a Santa Bernadete em Lurdes e ao ser perguntada qual o seu nome respondeu:

Eu sou a Imaculada Conceição!

Nossa Senhora do Carmo – por volta de 1222, alguns cruzados foram para a Inglaterra e levaram alguns carmelitas, entre eles, S. Simão Stock. Passando por atribulações no Carmelo, S. Simão Stock pediu a proteção de Maria, orava ele em sua cela quando viu um clarão, na noite de 16 de Julho de 1251, rodeada de anjos, Nossa Senhora entregou para ele um escapulário dizendo:

“Recebe, filho queridissimo, este Escapulário de tua Ordem: isto será para ti e todos os Carmelitas um privilégio. Quem morrer revestido dele não sofrerá o fogo eterno”.

Perceba-se que, normalmente, se comemora o dia de Nossa Senhora em conformidade com o dia da sua aparição. Maria tem muito mais denominações e, cada uma, tem um motivo, uma aparição que a explica; aqui reportei-me a algumas, que acho são mais conhecidas.

O importante é crermos que, assim como ela intercedeu pelos noivos nas Bodas de Caná e lá Jesus fez o seu primeiro milagre, ela também intercede até hoje por nós, que recorremos ao seu socorro e pedimos o seu auxílio.

A Igreja Católica não ensina que devemos adorar Maria, mas que devemos venerá-la, respeitá-la e amá-la como Mãe de Deus Filho (Jesus), como intercessora nossa diante do Filho, como mulher de fé, pelo seu Fiat que nos deu a graça ver os nossos pecados remidos pela morte na cruz e posterior ressurreição de Jesus.

Adoremos a Deus e amemos Maria!

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