Vaticano nega que Papa Francisco tenha apoiado tabeliã norte-americana
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, negou nesta sexta-feira (02) que o papa Francisco tenha feito um encontro particular e tenha apoiado a tabeliã norte-americana Kim Davis, que chegou a ser detida por se negar a realizar um casamento entre pessoas do mesmo sexo. Lombardi afirmou que "o Papa não entrou nos detalhes da situação da senhora Davis e seu encontro com ela não deve ser considerado como um apoio a sua posição em todos os seus aspectos particulares e complexos".
Segundo o porta-voz, Davis era uma das convidadas da Nunciatura de Washington para um encontro coletivo com dezenas de pessoas e, em nenhum momento, houve uma conversa privada com o Pontífice. Destacando que o que ocorreu foi um "breve encontro entre a senhora Davis e o Papa", Lombardi quis esclarecer o fato que "continua a provocar uma série de discussões e comentários"
"Para contribuir para uma compreensão objetiva do que ocorreu, posso confirmar que o Papa a encontrou na Nunciatura para a saudação antes da viagem de Washington para Nova York. Tratou-se de uma saudação muito breve de cortesia na qual o Papa apenas prestou sua gentileza característica e disponibilidade", ressaltou Lombardi.
Ainda de acordo com o comunicado, o único encontro privado que ocorreu no local foi com um "antigo aluno" de Jorge Mario Bergoglio "e sua família". Em entrevista à mídia norte-americana, a tabeliã de Kentucky havia dito que o sucessor de Bento XVI a aconselhou a "ser forte" e que sua atitude foi "um grande alento". "Ele me deu as mãos e agradeceu. Só de saber que o Papa está a par do que estamos fazendo e concordando, valida tudo", disse Davis à emissora "ABC".