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Vaticano repercute morte do escritor espanhol Jorge Semprún

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O jornal vaticano L'Osservatore Romano repercutiu a morte do intelectual e político espanhol Jorge Semprún, de quem destacou o trabalho literário, a reclusão no campo de concentração nazista de Buchenwald e a frase "o maior perigo para a Europa é o cansaço".

Sob o título "Jorge Semprún e o dever da memória", o periódico lembrou que quando Semprún foi convidado para apresentar em Paris, em 2010, seu último livro, "Una tumba en el hueco de las nubes" ("Um túmulo na oco das nuvens", em livre tradução do espanhol), em que se despediu do público citando o alemão Edmund Husserl e lembrando os jovens sobre "o dever da memória".

"Só um passo nos separa da barbárie, como só oito quilômetros separam Weimar, a cidade de Goethe, de Buchenwald (campo de concentração nazista onde esteve recluso durante 16 meses)", escreveu o jornal vaticano.

O L'Osservatore Romano informou que "o ex-deportado do campo de concentração alemão, ex-ministro espanhol de Cultura, e escritor de sucesso" morreu nesta terça em Paris aos 87 anos. O jornal lembrou que durante a Guerra Civil espanhola, Semprún emigrou à Holanda, onde seu pai era embaixador, e que em 1943 foi capturado pela Gestapo e levado ao campo de concentração de Buchenwald, onde permaneceu até ser libertado em 1945.

"Foram lembranças indeléveis que culminaram em uma de suas obras mais famosas, Le mort qu'il faut (A coisa da morte, em livre tradução do francês)", publicou o periódico. O jornal acrescenta que o escritor retornou à Espanha em 1953 e iniciou sua atividade de resistência ao regime franquista, vivendo na clandestinidade e se escondendo sob vários pseudônimos essa etapa será lembrada pelo livro "Autobiografía de Federico Sánchez", de 1977.

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