VATICANO: Santa Sé defende liberdade religiosa
O Vaticano defendeu que a liberdade religiosa é um direito humano fundamental e o respeito a ela deve ser garantido por "autoridades civis, individuais e grupos".
Por ocasião da Festa hindu de Deepavali, conhecida como Festa das Luzes, o Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso divulgou uma nota em que atesta que cristãos e hindus devem estar "juntos para promover a liberdade religiosa".
A carta, assinada pelo presidente e pelo secretário do Conselho,cardeal Jean-Louis Tauran e arcebispo Pier Luigi Celata, respectivamente, afirmou que a liberdade de culto é "a resposta aos conflitos que, em várias partes do mundo, têm uma motivação religiosa".
Eles sugerem "unir os esforços para dar uma contribuição ao bem comum", pedindo aos "chefes das nações para não negligenciarem a dimensão religiosa da pessoa humana".
Segundo os religiosos, quando a liberdade de fé é "negada, suprimida ou pisada", também é "reprimida e anulada a afirmação de uma paz verdadeira".
"Membros da nossa família humana são expostos à culpa, ao preconceito, a uma propaganda de ódio, à discriminação e à perseguição com base em seu pertencimento religioso", denunciou o Conselho vaticano.
No entanto, os clérigos atestaram que "em meio à violência desencadeada por estes conflitos, muitos querem uma coexistência pacífica e um desenvolvimento humano integral".
Por isso, diz o documento, a liberdade de fé permite ao fiel colaborar "na construção de uma ordem social justa e humana".
A carta do Conselho vaticano ainda recorda que a liberdade religiosa "compreende a liberdade de mudar a própria religião".